Somos uma iniciativa que emerge do núcleo da sociedade civil organizada e respondemos à necessidade de abrir um espaço de diálogo e reflexão sobre os desafios enfrentados por nossos países. Buscamos propor ações inovadoras e interseccionais que nos permitam transformar nossas realidades.
Nossa missão é constituir um espaço permanente de análise e reflexão sobre direitos humanos em nível regional, caracterizado pela riqueza de sua diversidade em termos de nacionalidades participantes, áreas temáticas e setoriais de trabalho, equidade de gênero e experiência direta, como forma de aprendizado recíproco, através de um diálogo construtivo e criativo, que favoreça a transformação das realidades na América Latina.
O RegionaR tem como contexto uma reunião mista realizada por 17 organizações de todo o continente em setembro de 2021, em San José, na Costa Rica. Nesse encontro, refletiu-se sobre o trabalho das ONGs de direitos humanos na América Latina e foi possível identificar que havia temas, preocupações e riscos compartilhados. Assim, surgiu a iniciativa de criar uma instância convergente que nos permitisse olhar para os nossos países com uma mirada regional.
Em uma segunda reunião preparatória realizada na capital colombiana, chegou-se a um consenso sobre aspectos fundamentais como princípios, valores e a proposta metodológica a ser desenvolvida. Foi também nessa reunião que foi criado o nome oficial do fórum: RegionaR.
Finalmente, nos dias 29 e 30 de novembro de 2022, foi realizada a primeira Conferência Regional de Direitos Humanos – RegionaR 2022, com a participação de mais de 150 organizações de toda a América Latina e do Caribe. Nessa conferência, foram estabelecidas as diretrizes gerais para a realização de um trabalho que permitisse promover um espaço de análise sobre os fatores que ameaçam e afetam os Direitos Humanos, o Estado de Direito, e formular propostas de resistência, resiliência, novas abordagens e novas narrativas que permitam defender os direitos humanos na região.
Nossos Princípios
Centralidade das experiências locais. Reconhecemos a importância do trabalho realizado pelas organizações de base e locais e, por isso, fomentamos para que suas experiências e visões se reflitam em todas as discussões e decisões.
Horizontalidade. Tomamos decisões por consenso, buscando ouvir as vozes de todas as organizações envolvidas e com consciência da dinâmica de poder.
Paridade. Garantimos que os espaços de discussão e tomada de decisão tenham representação igualitária de gênero.
Flexibilidade. Acreditamos na necessidade de sermos flexíveis na modificação de acordos e ações e, assim, nos adaptarmos às circunstâncias que possam surgir.
Inclusão. Garantimos que haja uma participação diversa e inclusiva, para que todos os setores e grupos envolvidos possam expressar suas posições livremente e sejam levados em consideração.
Acessibilidade. Procuramos garantir que os espaços de participação sejam acessíveis, em particular, para garantir a plena participação das pessoas com deficiência (linguagem gestual e acesso para as pessoas com deficiência física).
Espaços seguros e corajosos. Estamos empenhados em criar espaços de comunicação respeitosa e transparente, livres de violência e julgamento, e com condições de se expressar sem medos, principalmente em desentendimentos e diferenças.
Autocuidado. Estamos comprometidos em cuidar de nós mesmos e daqueles que participam desse processo.
Participação sem obstáculos. Asseguramos que estão reunidas as condições necessárias para que os participantes tenham pleno acesso às discussões, por exemplo, através de interpretação simultânea para português ou inglês e, se possível, para qualquer idioma indígena.
Interseccionalidade. Promovemos a discussão a partir de uma abordagem interseccional que leva em consideração gênero, etnia, raça, idade, status econômico e identidade coletiva.
Não-extrativismo. Promovemos práticas que respeitem o conhecimento e o não extrativismo, e defendemos o respeito aos bens da natureza e seu uso para garantir uma vida digna, o meio ambiente e a sobrevivência dos povos indígenas.
Membros
O espaço onde todas as organizações participam é a Assembleia ou Espaço Regional. Atualmente, esse órgão é composto pelas seguintes organizações:
Abogades por los Derechos Sexuales. (AboSex)
Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Ruais Quilombolas – (CONAQ)
IEPE-Instituto de Pesquisa e Formacáo Indigena
Colectivo Feminista Helen Keller de Mulheres con deficiencia
Servicio Jesuita a Migrantes Bolivia (SJR Bolivia)
Servicio Jesuita para Migrantes Costa Rica. (SJR-CR)
Asociación Ciudadana ACCEDER
Comisión Colombiana de Juristas (CCJ)
Conferencia Nacional de Organizaciones Afrocolombianas (CNOA)
ILEX Acción Jurídica
Grupo Comunicarte
Grupo de Acción y Apoyo para Personas Trans. (Fundación GAAT)
Consultoría para los Derechos Humanos y Desplazamiento. (CODHES)
Asociación Mapuche Tain Adkimn
Centro de Apoyo y Protección de los Derechos Humanos. SURKUNA.
Asociación ALFIL
Taller de Comunicación Mujer (TCM)
Instituto de Derechos Humanos de la Universidad Centroamericana José Simeón Cañas. (IDHUCA).
Servicio Social Pasionista
Red de Jóvenes para la Incidencia Política
Asociación Las Crisálidas
Equipo Jurídico por los Derechos Humanos
Centro de Derechos de Mujeres Honduras
Servicio para la Paz. Serapaz AC
Servicio Jesuita de Refugiados México
Centro de Derechos Humanos Miguel Agustín Pro Juárez. (Centro PRODH).
Colectivo Derechos Humanos Nicaragua Nunca Más
Unidad de Defensa Jurídica. (UDJ)
Coordinadora por los derechos de la infancia y la adolescencia de Paraguay
Asociación Pro Derechos Humanos. (APRODEH)
Estudio para la Defensa de los Derechos de la Mujer. (DEMUS)
Centro Loyola Ayacucho
Fundación Ecuménica para el desarrollo y la Paz FEDEPAZ
Instituto Defesa Legal. (IDL)
Movimiento de Mujeres Dominico-Haitianas. (MUDHA).
Organización Trans Reinas de la noche
Movimiento sociocultural de trabajadores Haitianos. (MOSCTHA)
Organización Social El Salvador
Fundación Mahumpi Venezuela
Programa Venezolano de Educación-Acción en Derechos Humanos (PROVEA)
Comisión para los Derechos Humanos del Estado Zulia. (CODHEZ)
Comité de Familiares de Víctimas del Caracazo. (COFAVIC)
Red Latinoamericana y Caribeña de Jóvenes por los Derechos (REDLAC)
Campaña Latinoamericana por el Derecho a la Educación (CLADE)
American Bar Association Rule of Law Initiative (ABA ROLI)
Servicio Jesuita para Refugiados LAC. (JRS-LAC)
Artículo 19 México y Centroamérica
Foro Indígena Abya Yala. (FIAY)
Latín American Working Group. (LAWG)
Centro para la Justicia y el Derecho Internacional. (CEJIL)
Red de Mujeres Afrolatinas Afrocaribeñas y de la Diáspora. (REDMADD)
Women´s Link Worldwide. (WLW)
Centro de Derechos Reproductivos
Synergia Initiatives for Human Rights
Instituto Internacional sobre Raza e Igualdad y Derechos Humanos.
Equipe & Comissões
Comissão de Comunicação Política
Secretaria Executiva
Comissão de Fortalecimento Interno e Educação
Comitê de Condução do RegionaR.