RegionaR é o Fórum Regional de Direitos Humanos, iniciativa que surge do núcleo da sociedade civil organizada da América Latina e promove organizações de direitos humanos que atuam em nossa região.
Respondemos à necessidade de abrir um espaço de diálogo e reflexão sobre os desafios que nossos países enfrentam, a fim de propor ações inovadoras que visem transformar a realidade na América Latina e no Caribe, a partir de uma leitura compartilhada que incorpore a articulação entre diversos setores sociais, por um lado, e a visão regional, nacional e local, por outro.
RegionaR/ O Fórum Regional de Direitos Humanos tem a missão de constituir um espaço permanente de análise e reflexão sobre os direitos humanos em nível regional, caracterizado pela riqueza de sua diversidade em termos de nacionalidades participantes, áreas temáticas e de trabalho, equidade de gênero e experiência direta, como forma de aprendizagem recíproca, diálogo construtivo e criativo que promova a transformação das realidades da América Latina e do Caribe.
Criamos a expressão RegionaR para identificar nosso Fórum Regional de Direitos Humanos, e sua primeira atividade, Conferência Regional de Direitos Humanos. Este nome é o resultado de vários fatores:
Com base no exposto, entendemos o RegionaR/ Fórum Regional de Direitos Humanos como expressão norteadora dos objetivos que nos incentivam:
Reconhecemos a importância do trabalho realizado por organizações de base e locais, por isso, promovemos que suas experiências e visões sejam refletidas em todas as discussões e decisões.
Tomamos decisões por consenso, tentando ouvir as vozes de todas as organizações envolvidas e conscientes da dinâmica de poder.
Garantimos que os espaços de discussão e tomada de decisão tenham igual representação de gênero.
Acreditamos na necessidade de sermos flexíveis para modificar acordos e ações e, assim, nos adaptarmos às circunstâncias que possam surgir.
Incentivamos a criatividade, a inovação e o pensamento fora da caixa.
Cuidamos para que haja uma participação diversificada e inclusiva, para que todos os setores e grupos envolvidos possam expressar suas posições livremente e sejam levados em consideração.
Buscamos garantir que os espaços de participação sejam acessíveis, em especial, para garantir a plena participação das pessoas com deficiência (linguagem de sinais e acesso a pessoas com deficiência física).
Assumimos o compromisso de gerar espaços de comunicação respeitosos e transparentes, livres de violência, julgamentos e com condições de se expressar sem medo, em especial desentendimentos e diferenças.
Comprometemo-nos a tomar conta de nós próprios e daqueles que participam neste processo.
Garantimos as condições necessárias para que os participantes tenham pleno acesso às discussões, por exemplo, por meio de tradução simultânea para português ou inglês e, se possível, para qualquer língua indígena.
Promovemos a discussão a partir de uma abordagem interseccional que leva em consideração gênero, etnia, raça, idade, situação econômica e identidade coletiva.
Promovemos práticas que respeitem o conhecimento e o não extrativismo, e defendemos o respeito aos bens da natureza e seu uso para garantir a vida digna, o meio ambiente e a sobrevivência dos povos indígenas.